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A criação da data foi uma iniciativa de organizações não-governamentais e sociedades internacionais, com o objetivo de incentivar a reflexão sobre os métodos contraceptivos e sua inclusão no dia a dia, a fim de evitar uma gravidez não planejada ou DST’s.
O Nordeste é a região com o maior número de mães adolescentes, com 180 mil casos, segundo apontam dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc). Depois no Nordeste, aparecem as regiões Sudeste, Norte, Sul e Centro-Oeste.
Apesar dos números, o número de gestantes nesta fase da vida apresentou queda de 17% no Brasil. A diminuição no número de adolescentes grávidas tem relação, de acordo com o órgão, com a expansão do programa Saúde da Família, que disponibiliza profissionais de saúde a adolescentes e oferece informação a estudantes nos centros educacionais do país.
O Ministério da Saúde destacou, em nota, que 66% dos casos de gravidez em adolescentes são indesejados.
Ficar grávida na maioria das vezes traz felicidade e é visto por todos com muita alegria. Entretanto, temos percebido que a gravidez tem acontecido cada vez mais cedo.
Meninas menores de 15 anos de idade estão engravidando, e isso não deve ser visto com naturalidade, pois além de complicações físicas para mãe e bebê, ficar grávida tão cedo traz consequências psicológicas, sociais, econômicas etc.
Em alguns casos é também um indicador de violência sexual, alterando em muito as possibilidades e oportunidades de futuro dessas meninas, seus filhos e suas famílias.
Enquanto as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste comemoram uma redução absoluta, nos últimos 15 anos, do número de jovens grávidas com até 19 anos, Norte e Nordeste apresentam uma alta de 58% e 55% (bem acima do aumento populacional). Essa é a conclusão do DataSus, banco de dados do Sistema Único de Saúde, que acaba de ser divulgado.
O estudo mostra que no Nordeste, os casos de gravidez na adolescência aumentam ao mesmo tempo que a exploração sexual às margens das rodovias, em especial da BR-101. Em 80% dos municípios cortados pela rodovia BR-101, o índice de gravidez na adolescência é maior do que a média dos Estados.
Na Bahia, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte existem cidades em que 30% das adolescentes ficaram grávidas. Na cidade de Teolândia, cortada pela BR-101 e BR-420 na Bahia, 35% das crianças ou adolescentes engravidaram.
É preciso que haja mais campanhas de prevenção nas escolas, assim como educação sexual para empoderar essas meninas a não terem relação sexual antes do tempo e muito menos sem o uso devido de contracepção.